Para que serve Digoxina? Indicações e benefícios.

Para que serve

A Digoxina é utilizada no tratamento de insuficiência cardíaca e arritmias cardíacas, especialmente fibrilação atrial. Atua aumentando a força de contração do coração e reduzindo a frequência cardíaca.

Sintomas tratados

Classes do medicamento

Contraindicações

  • Bloqueio cardíaco completo
  • Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
  • Hipersensibilidade à digoxina
  • Taquicardia ventricular
  • Fibrilação ventricular

Mecanismo de Ação

Atua inibindo a bomba de sódio-potássio (Na+/K+-ATPase), aumentando o cálcio intracelular, o que resulta em:

  • Aumento da força de contração do músculo cardíaco
  • Redução da frequência cardíaca
  • Diminuição da condução no nodo AV

Interações Medicamentosas

  • Amiodarona (aumenta níveis séricos)
  • Verapamil (aumenta toxicidade)
  • Diuréticos (risco de hipocalemia)
  • Antibióticos macrolídeos
  • Antiácidos (reduzem absorção)

Farmacocinética

  • Biodisponibilidade: 60-80%
  • Meia-vida: 36-48 horas
  • Eliminação: principalmente renal
  • Volume de distribuição: 4-7 L/kg

Efeitos Colaterais

Comuns:

  • Náusea e vômitos
  • Arritmias cardíacas
  • Distúrbios visuais
  • Confusão mental
Graves:
  • Intoxicação digitálica
  • Bloqueio cardíaco
  • Arritmias fatais

Precauções

  • Monitoramento regular dos níveis séricos
  • Ajuste de dose em insuficiência renal
  • Monitoramento de eletrólitos
  • Cuidado especial em idosos

Modo de Uso

A dose deve ser individualizada baseada na resposta clínica e função renal. Geralmente iniciada com dose de ataque seguida de dose de manutenção.

Tempo de Ação

  • Início: 30 minutos a 2 horas
  • Pico: 4-6 horas
  • Duração: 24-48 horas

Armazenamento

Manter em temperatura ambiente (15-30°C), protegido da luz e umidade.

Superdosagem

Sintomas incluem arritmias graves, distúrbios gastrointestinais e neurológicos. Requer atendimento de emergência e possível uso de anticorpo específico (Fab antidigoxina).

Cuidados Especiais

  • Monitoramento regular de função renal
  • Controle de eletrólitos séricos
  • Ajuste de dose em idosos
  • Evitar uso concomitante com medicamentos que aumentem toxicidade