Como Tratar Convulsões refratárias?

Definição

Convulsões refratárias, também conhecidas como epilepsia refratária ou farmacorresistente, são crises epilépticas que persistem mesmo após o uso adequado de dois ou mais medicamentos antiepilépticos apropriados. Este quadro afeta aproximadamente 30% dos pacientes com epilepsia.

Fármacos usados

• Midazolam
• Carbamazepina
• Fenitoína
• Fenobarbital
• Valproato de Sódio
• Levetiracetam
• Topiramato
• Vigabatrina
• Lacosamida
• Propofol
• Tiopental

Características Clínicas

• Crises frequentes e recorrentes
• Resistência ao tratamento medicamentoso convencional
• Impacto significativo na qualidade de vida
• Possibilidade de déficits neurológicos progressivos
• Risco aumentado de morte súbita em epilepsia (SUDEP)

Causas

• Alterações genéticas
• Lesões cerebrais estruturais
• Malformações do desenvolvimento cortical
• Esclerose hipocampal
• Tumores cerebrais
• Sequelas de traumas ou infecções

Diagnóstico

1. Avaliação clínica detalhada
2. Eletroencefalograma (EEG)
3. Exames de neuroimagem (RM, TC)
4. Monitorização por vídeo-EEG
5. Avaliação genética quando apropriado

Tratamento

O tratamento é multifacetado e pode incluir:

• Politerapia medicamentosa otimizada
• Cirurgia de epilepsia em casos selecionados
• Estimulação do nervo vago
• Dieta cetogênica
• Estimulação cerebral profunda
• Terapias complementares

Complicações

• Prejuízo cognitivo
• Distúrbios psiquiátricos
• Isolamento social
• Dificuldades educacionais e profissionais
• Risco aumentado de acidentes
• Estado de mal epiléptico

Prevenção e Monitoramento

• Acompanhamento neurológico regular
• Monitoramento dos níveis séricos das medicações
• Identificação e controle de fatores desencadeantes
• Suporte psicossocial
• Educação do paciente e familiares