Como Tratar Hipercalcemia maligna?

Definição

A hipercalcemia maligna é uma condição caracterizada pelo aumento dos níveis séricos de cálcio no sangue (acima de 10,5 mg/dL), associada a processos malignos. É uma das complicações metabólicas mais comuns em pacientes com câncer, ocorrendo em aproximadamente 20-30% dos casos.

Fármacos usados

Causas

As principais causas incluem:

  • Metástases ósseas osteolíticas
  • Produção de PTHrP (Proteína relacionada ao paratormônio) por tumores
  • Produção ectópica de 1,25-dihidroxivitamina D
  • Secreção de citocinas que estimulam a reabsorção óssea

Sintomas

  • Fadiga e fraqueza muscular
  • Alterações neurológicas (confusão mental, letargia)
  • Náuseas e vômitos
  • Constipação
  • Poliúria e polidipsia
  • Arritmias cardíacas
  • Desidratação

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através de:

  1. Dosagem sérica de cálcio total e ionizado
  2. Avaliação da função renal
  3. Dosagem de PTH e PTHrP
  4. Exames de imagem para identificação do tumor primário

Tratamento

O tratamento deve ser iniciado rapidamente e inclui:

  • Hidratação vigorosa com solução salina
  • Uso de bifosfonatos (pamidronato ou ácido zoledrônico)
  • Calcitonina em casos agudos
  • Denosumab como alternativa em pacientes com insuficiência renal
  • Tratamento da doença de base (tumor primário)

Prognóstico

A hipercalcemia maligna geralmente indica um prognóstico reservado, com sobrevida média de 2-3 meses se não tratada adequadamente. O controle adequado dos níveis de cálcio e o tratamento do tumor subjacente são fundamentais para melhorar o prognóstico.